LYNYRD SKYNYRD – Live From Freedom Hall (2010)

É sempre um grande prazer ouvir os cd’s ao vivo do Lynyrd Skynyrd – maior banda de southern rock da história – e olha que são muitos. Quase todo final de turnê eles soltam um novo, mas este é especial, afinal, “Live from Freedom Hall” não deixa de ser uma homenagem aos ex-membros Billy Powell e Ean Evans, que faleceram dois anos após este show gravado em Louisville (Kentucky), em 2007, para cerca de 20 mil sortudos.

 A propósito, estou pra ver banda mais azarada que o Skynyrd, vários músicos banda já morreram desde sua formação em 1970, inclusive seu líder e mentor, o ex-vocalista Ronnie Van Zant, e mesmo assim, a banda mantém uma qualidade assustadora, com o pique lá em cima e sempre fiéis aos estilo que lhe consagrou.

 Johnny Van Zant (vocal), Gary Rossington, Mark Matejka e Rickey Medlocke (guitarras), Ean Evans (baixo), Billy Powell (teclado) e Michael Cartellone (bateria), juntamente com as cantoras de apoio Carol Chase e Dale Krantz-Rossington, optaram por um set razoavelmente curto (80 minutos), porém repleto de sucessos. A performance dos músicos é perfeita, como de costume.

 O show começa com duas músicas mais recentes, “Travelin’ Man” e “Workin”, que mostram bem o talento da formação atual. Logo em seguida uma trinca de tirar o fôlego com as clássicas  “What’s Your Name”, “That Smell” e a sensacional “Simple Man”. Não tem como não se emocionar com essa música. Uma das minhas prediletas. As antigas “Down South Junkin’” e “The Needle and the Spoon” servem como um presente aos fãs mais assíduos da banda, pois não costumam figurar tão frequentemente nos setlists atuais da banda.

 A totalmente country “The Ballad of Curtis Loew” e a energética e empolgante “Gimme Back My Bullets” mantém a plateia em êxtase. Presença mais do que garantida em todos os concertos da banda, a ótima balada “Tueday’s Gone” retoma a emoção pura. Só consigo imaginar as luzes dos isqueiros (opa! Celulares…) e muita gente prestes a derramar algumas lágrimas. Atuação impecável de toda a banda. A nova “Red White and Blue” apela para o patriotismo sem deixar de lado a bela melodia. Outra obrigatória, “Gimme Three Steps” com seu ritmo festeiro põe todo mundo para dançar – sim o southern rock também é para dançar.  “Call Me The Breeze” é uma perfeita continuação para “Gimme Three Steps” e só não empolga quem estiver de muito mal humor.

 E como o melhor sempre fica para o final, surgem os dois maiores clássicos do Lynyrd Skynyrd. “Sweet Home Alabama” é a perfeita explicação para quem não sabe o que é southern rock. Todo mundo conhece e sabe cantar esse hino. E para encerrar esse grande show a favorita de quase todos os fãs, a belíssima “Free Bird”. Este épico de mais de onze minutos acaba derrubando definitivamente as lágrimas daqueles que conseguiram se segurar até aquele momento, e sempre serve como homenagem ao saudoso e inesquecível Ronnie Van Zant. Maravilhoso!

 A qualidade de “Live From Freedom Hall” é espantosa. Excelente repertório (claro que sempre fica faltando uma ou outra música, mas isso é mais do que normal) e ótima atuação da banda. Imperdível. Ah, como eu gostaria de ver esses caras por aqui! Sonhar não custa nada…

 Tracklist:
1. Travelin’ Man
2. Workin’
3. What’s Your Name
4. That Smell
5. Simple Man
6. Down South Jukin’
7. The Needle And The Spoon
8. The Ballad Of Curtis Loew
9. Gimme Back My Bullets
10. Tuesday’s Gone
11. Red White And Blue
12. Gimme Three Steps
13. Call Me The Breeze
14. Sweet Home Alabama
15. Free Bird

3 comentários em “LYNYRD SKYNYRD – Live From Freedom Hall (2010)”

  1. Luizão, como sempre, me deixando com água na boca… rsrsrs
    Apesar de pouco ter sobrado da formação clássica, o Lynyrd é sempre o Lynyrd e to louco pra ouvir esse disco. O tracklist tem 90% das melhores canções da banda.
    Maior banda americana da história (na minha modestíssima opinião), não só pela qualidade do som, mas pelo feeling, pelo lance de mostrar o mais puro rock americano, pela aura místico/trágica que envolve a banda (coisa que só o rock proporciona).
    Sou muito longe de ser um ufanista (especialmente com relação aos EUA) mas acho que sempre que o artista consegue imprimir o seu modo de vida, seu cotidiano, enfim, suas raízes em sua obra de arte (independentemente de onde ele venha) é certeza que vai emocionar. E acho que nisso o Lynyrd é imbatível no mundo do rock.
    Abraço Luizão. Resenha fabulosa como de costume!!!

Deixe um comentário para Márcio Fernandes Cancelar resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *